sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Feedback; Proposição; Argumentos

FEEDBACK
O emissor é aquele que emite.
O código é um conjunto de símbolos que serve para transmitir uma mensagem. Pode ser linguagem oral, escrita, gestual ou pictórica.
Da codificação enviada pelo receptor resulta a mensagem, pode ser verbal (oral ao escrita), ou não verbal (imagens, outros sinais).
O receptor é aquele que recebe a informação e que descodifica a mensagem.
A descodificação corresponde aos processos de interpretação da mensagem por parte do receptor.







Noções básicas de lógica

Grande parte da comunicação que utilizamos é verbal, escrita ou oral.
Mas nem toda a comunicação, obviamente, é verbal: há comunicação gestual, sonora, pictórica, entre outros.
Na comunicação verbal utilizamos vários tipos de discurso. Vamos estudar agora um desses tipos de discurso:
a argumentação.

Mas o que é a argumentação? A argumentação é uma sequência de argumentos.
Mas o que é um argumento?
Um argumento é um conjunto de proposições em que se pretende que uma delas (a conclusão) seja sustentada ou defendida por outra ou outras (premissas).
Podemos dizer isto de outra maneira: um argumento é um conjunto de proposições em que alguém tenta convencer outra pessoa ou outras pessoas de uma ideia (por exemplo, a ideia central de que “a fotografia é a mais interessante das artes “). Esta ideia central chama-se, por vezes, de tese.

Exemplos de argumentos :

O melhor treinador do mundo é aquele que 1) ganhou pelo menos 2 dos 3 últimos campeonatos e 2) ganhou a maior indemnização da história do futebol, como treinador, até Setembro de 2007. (1ª premissa)
José Mourinho, apenas e apenas ele, satisfaz as condições expostas em 1 e 2.
(2ªpremissa)
Logo, José Mourinho é o melhor treinador do mundo (conclusão).








Proposição

Uma proposição é o pensamento literalmente expresso numa frase declarativa.
Uma proposição pode ser expressa de diferentes modos. Por exemplo “Lisboa é a capital de Portugal” e “Lisbon is Portugal´s capital”, são duas frases declarativas que exprimem a mesma proposição.
Também uma frase declarativa pode exprimir, proposições diferentes. Por exemplo a frase declarativa “o banco é bonito” pode exprimir proposições distintas: a proposição de que o banco do jardim é bonito ou a proposição de que há uma instituição financeira que alguém considera bonita.
As proposições como são pensamentos que literalmente se referem a “coisas”, podem ser verdadeiros ou falsos. Assim, as proposições podem ter valor de verdade.
Valor de verdade de uma proposição é a verdade ou a falsidade dessa proposição.
As seguintes proposições expressas em frases declarativas tem valor de verdade:

Michael Jordon foi jogador da NBA.
Michael Jordon não foi jogador da NBA.
Há extraterrestres inteligentes.
Deus existe.
A Terra gira em volta do Sol.
A Sol gira em volta da Terra
.


Nem todas as frases exprimem proposições.
Frases como as exclamativas, promessas, imperativas, interrogativas, etc. Não exprimem proposições pois não podem ser verdadeiras ou falsas.


Exemplo:

Será que Deus existe?
Ai que me roubaram o namorado!
Prometo devolver-te o telemóvel amanhã.
Cala-te!


A verdade é uma propriedade que pode ser atribuída a proposições, mas nunca a argumentos. Dito de outro modo: A verdade ou falsidade é atribuível a proposições e só a proposições.
A validade é apenas atribuível a argumentos. Há assim argumentos válidos e argumentos inválidos.

A lógica estuda a argumentação. A argumentação é uma sequência de argumentos.
É importante estudar a lógica porque esta disciplina nos permite:
1. Distinguir os argumentos válidos dos inválidos.
2. Saber por que razão ou razões uns são válidos e outros inválidos.
3. Evitar e eliminar erros a nível do nosso raciocínio.







Argumentos: dedutivos e não dedutivos


1- Dedutivos- cuja a validade é exclusivamente formal.

Exemplos:

Se toda a vida é sagrada, logo arrancar alfaces do solo é errado.(1º premissa)

Mas nem toda a vida é sagrada.(2ºpremissa)

Logo,não é errado arrancar alfaces do solo.(conclusão)






2- Não dedutivos - Cuja validade não depende exclusivamente da forma lógica.

A validade não dedutiva é assim definível se um argumento não tiver sólido,então suas premissas serem verdadeiras é improvável, mas não impossível que a sua conclusão seja falsa.

Definição de validade dedutiva:
Um argumento é válido dedutivamente quando é impossível as suas premissas serem verdadeiras e a sua conclusão falsa.

Exemplo:

“Se Sofia é casada, logo não é solteira” este é um argumento semântico, porque é impossível, se for válido, a premissa ser verdadeira e a conclusão falsa porém a sua validade não depende da forma lógica, ao seja, da estrutura do argumento, mas sim do sentido do significado, daquilo que é afirmado na premissa.








Argumentos válidos,sólidos e cogentes


Um argumento sólido é aquele em que é impossível ou improvável haver premissas verdadeiras e conclusão falsa.

Exemplos de argumentos sólido:

Se é arte então tem valor.(1ºpremissa)

É arte.(2ºpremissa)

Logo, tem valor.(conclusão)


Nem tudo o que os artistas fazem é belo.(1ºpremissa)

Tudo o que os artistas fazem é arte.(2ºpremissa)

Logo,nem toda a arte é bela.(conclusão)





Se é boa fotografia, então é arte.(1ºpremissa)

Se é arte, então tem valor.(2ºpremissa)

Logo, se é boa fotografia tem valor.(conclusão)






Critica ao argumento apresentado


A primeira premissa é falsa pois nem toda a boa fotografia é arte.


Há boas fotografias, por exemplo, fotografias de fotojornalismo que são boas e não são arte.


A fotografia pode desempenhar um outro papel que não o de ser objecto de arte; logo, o argumento apesar de ser válido não é sólido porque pelo menos a 1ª premissa não é verdadeira.


Ora, se o argumento não é sólido nunca pode ser cogente ou bom, pois um argumento cogente ou bom tem que obedecer as seguintes condições:


1) Ser válido;

2) Ser sólido;

3) Ter as premissas mais plausíveis ou evidentes que a conclusão.


O seguinte argumento é simultaneamente válido e sólido mas não é cogente:


Todos os homens são mortais.(1ºpremissa)

Mam Ray é homem.(2ºpremissa)

Logo Mam Ray é mortal.(conclusão)

O argumento é válido porque é impossivel, dada a sua estrutura lógica, as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa. E também é claramente um argumento sólido pois as premissas são verdadeiras.Porém, não é um argumento cogente porque a primeira premissa não é mais plusível que a conclusão. Com efeito, é mais evidente que Ham Ray tenha realmente morrido do que constactar isso em relação aos todos os membros da especie humana que existiram, existem e existiram.

Logo, este argumento apesar de ser convincente em vigor não é para um auditório especializado, ou seja, para alguém que domina razoavelmente bem as regras da boa argumentação, de onde o argumento apresentado não é cogente ou bom.

Há argumentos que parecem bons no entanto são falaciosos, isto é enganadores.

Um falácia é um argumento que parece cogente mas não o é.

Exemplo:

Se é uma fotografia genial então tem muito valor.(1ºpremissa)

Ora, tem muito valor.(2ºpremissa)


Logo, é uma fotografia genial.(conclusão)




Se o João sai de casa, então vai ao cinema.(1ºpremissa)


Vai ao cinema.(2ºpremissa)


Logo, saiu de casa.(conclusão)




Como se observa neste argumento a sua estrutura não nos garante que se as premissas forem verdadeiras a conclusão tambem o fosse. Pois o João tem ido ao cinema no sentido de ter visto o cinema mas não ter saído de casa. Por exemplo:pode ter visto o cinema no sistema em casa.

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