sexta-feira, 13 de junho de 2008

Problemas de desenvolvimento que se colocam à escala mundial

HIV em Africa

A epidemia do VIH é um dos principais problemas de desenvolvimento que afecta o continente africano. O seu impacto é diversificado, mas transversal a todos os sectores do país. Neste momento, um dos principais desafios prendem-se com as crianças infectados e afectadas pelo VIH/SIDA. Na Africa Sub-Sahariana, cerca de 2 milhões de crianças com menos de 15 anos estão infectadas e cerca de 12 milhões de crianças com menos de 17 anos perderam pelo menos um dos pais para o SIDA. O presente artigo pretende introduzir a analisar da problemática do impacto, resposta nacional e reprodução do problema para o caso de Moçambique. Um dos principais desafios da impacto e consequentes medidas de mitigação é criar as condições para que o elevado número de crianças afectadas, agora em condições de vulnerabilidade muito mais significativas, não reproduzam os comportamentos, práticas e atitudes anteriores e ultrapassem o ciclo vicioso da doença. A primeira parte irá incidir sobre o impacto da epidemia nas crianças no País, com especial atenção aos órfãos do HIV/SIDA; a segunda parte dedica-se a interpretação da resposta ao problema e quais os principais desafios; numa terceira parte iremos analisar a reprodução do problema, com base em estudos de campo acerca de conhecimentos, atitudes e práticas dos adolescentes e jovens em relação à epidemia.






Um estudo do INE alerta para a diminuição do número de nascimentos. A substituição de gerações está em risco.


Segundo um estudo do Instituto Nacional de Estatística, no ano de 2002, nasceram menos 2000 nados-vivos do que em 1990, que registava 116 383 nascimentos vivos contra os 114 456 de 2002. Como consequência, o número médio de crianças por mulher permanece abaixo do nível de substituição das gerações, que é de 2,1 contra os 1,47 registados em 2002.
Na guerra dos sexos vencem os rapazes, isto é, dos nados-vivos registados em 2002, 51,9% eram do sexo masculino e 48,1% do sexo feminino.São também os rapazes que apresentam a maior taxa de mortalidade. No geral, a tendência é para que diminua a taxa de mortalidade infantil.


Entre as principais causas de morte, em 2002, estão as afecções no período perinatal e as malformações congénitas. Quanto à esperança média de vida nas crianças, esta tem vindo a aumentar. Particularizando, as raparigas apresentam uma esperança média de vida maior que a dos rapazes.


Em 2002, nasceram 92 crianças cujas mães ainda não tinham completado os 15 anos de idade. E, segundo os Censos de 2001, 8% das crianças pertencem a núcleos monoparentais, sendo que 6,9% vive com a mãe e 0,7% vive com o pai. São também as mães que dispensam mais tempo com as crianças, segundo dados do Inquérito à Ocupação do Tempo, realizado em 1999. No geral, cada família dispensa, em média, 1h e 20m, por dia, aos cuidados regulares das crianças.





Exploração infantil

O trabalho infantil é proibido por lei para menores de 14 anos, essa idade pode ser como aprendiz e a partir dos 16 como empregado. Essa lei não é seguida em muitos lugares, já que é visível a exploração do trabalho infantil, falta fiscalização.



Crianças que auxiliam seus pais a fim de aumentar a renda de sua família, outras que são exploradas sexualmente, meninas que trabalham como domésticas na classe média alta. As ruas são tomadas de menores vendendo bala, vendendo jornal no semáfaro e muitas apanham senão voltarem com dinheiro para casa. Mas qual é a causa de tudo isso? A miséria amedronta, chegar em casa e não ter o que colocar no prato, ver o filho passar frio, fome.


A falta de oportunidade de trabalho, a renda baixíssima dos pais, a não alfabetização, também são fatores que contribuem para a pobreza.Muito se diz que lugar de criança é na escola, a realidade das famílias carentes nos é obscuro, é o que fazemos para ajudar? Apenas criticamos ou temos o sentimento de piedade? É pouco, podemos mais, muito mais. Há medo, dor, sofrimento, no coração desses menores que trabalham, culpa em muitos pais que não encontram alternativas melhores de sobrevivência, e falta de caráter daqueles que exploram esses menores.


A ausência escolar prejudica o presente e futuro de uma criança. Tem muito menos chance de alcançar um emprego melhor, não conhece sua infância e cresce muitas vezes com angústia, dor, raiva, senão dos pais, talvez da sociedade. Pode tornar-se um criminoso ou prostituta? Talvez, porém, hoje notamos que os movimentos, as denúncias, aumentam a cada dia contra a exploração do trabalho infantil.





Agua potável

De acordo com dados divulgados pelas Nações Unidas, cerca de 20% da população mundial (1,1 mil milhões de pessoas) não tem acesso a água de qualidade e cerca 40% (2,6 mil milhões de pessoas) não tem condições básicas de saneamento.

A falta ou ineficiência dos serviços de saneamento facilita a propagação de doenças diarreicas, incluindo a cólera, que todos os anos matam 1,8 milhões de pessoas, o equivalente a 15 tsunamis num ano ou à queda de doze Boeing 747 todos os dias.

As crianças são as principais vítimas das fracas condições de higiene e da ingestão de água imprópria para consumo que motivam diariamente cerca de 3900 mortes nas faixas etárias mais novas.

Considerando os compromissos do domínio da água assumidos pelas Nações Unidas no âmbito dos Objectivos do Milénio – nomeadamente reduzir para metade o número de pessoas que não têm acesso a um nível básico de saneamento até 2015 – alguns peritos afirmam hoje que, em 2015, 2,1 mil milhões de pessoas vão continuar sem acesso a serviços básicos de abastecimento de água e saneamento de águas residuais e que na África Sub-Sahariana as metas estabelecidas não serão cumpridas antes de 2076.

Em diversas áreas geográficas abrangidas pelas empresas do Grupo AdP decorreram as seguintes iniciativas no âmbito do Dia Mundial da Água:

EPAL lança livro Mirabilia Aquarum
A comemorar 140 anos de existência, a EPAL assinalou o Dia Mundial da Água dando continuidade à aposta na publicação de diversas obras de carácter cientifico e cultural, bem como à divulgação do vasto e rico espólio arquivístico e fotográfico da empresa.
No dia 19 de Março, na Mãe de Água das Amoreiras, em Lisboa, decorreu o lançamento do livro “Mirabilia Aquarum”, sobre motivos aquáticos de mosaicos romanos encontrados em território português. O livro, da autoria de Cátia Mourão, aborda a expressão do imaginário aquático na região mais ocidental do antigo império romano, ou seja, o Portugal de hoje.

Oeste acolhe exposição de cartoons sobre a Água
Nas Caldas da Rainha, a empresa Águas do Oeste alia-se à exposição internacional de cartoons “Água com Humor”, que ficará patente de 20 de Março a 5 de Maio, no Museu do Hospital, com entradas livres. Produzida pelo Museu Nacional da Imprensa e promovida pelo Centro Hospitalar de Caldas da Rainha, a exposição apresenta mais de cem cartoons sobre a "Água" produzidos por artistas dos cinco continentes, incluindo os portugueses Vasco, Eduardo Esteves e Ferreira dos Santos. Os cartoons expostos mostram os hábitos, as carências e insensibilidades humanas perante a crescente escassez de água, procurando ajudar o público a reflectir sobre este problema à escala mundial.

Águas do Mondego promovem acção de educação ambiental
A Águas do Mondego promoveu acções de educação ambiental dirigidas aos mais pequenos, nos dias 26, 27 e 28 de Março, numa iniciativa conjunta com a Águas de Coimbra. Entre as acções previstas para o Museu da Água, em Coimbra, estiveram a distribuição de informação sobre poupança da água e a exibição de alguns episódios da série infanto-juvenil "Ecoman", do Grupo Águas de Portugal.

Nenhum comentário: